No entanto, outra explicação plausível para a diminuição de casos é a menor utilização de tratamento hormonal em mulheres na menopausa desde há uma década, indica o estudo publicado pela revista Annals of Oncology.
Acredita-se que os contracetivos orais têm um efeito protetor contra o cancro do ovário, enquanto o tratamento hormonal substitutivo aumentaria o risco.
No estudo, os cientistas liderados por Carlo La Vecchia, da Universidade de Milão, mostraram que a redução da mortalidade por cancro do ovário foi mais acentuada nos Estados Unidos (-16%), na Austrália e na Nova Zelândia (-12%).
A mortalidade baixou 10% nos países da União Europeia (UE) entre 2002 e 2012, passando de 5,76 mortes por cada 100.000 mulheres para 5,19.
Mas a queda variou segundo os países, de 0,6% na Hungria a 28% na Estónia.
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"As grandes variações da taxa de mortalidade na Europa diminuíram desde os anos 1990 (...) provavelmente devido a uma utilização mais uniforme dos anticoncepcionais orais, assim como por fatores reprodutivos, como a quantidade de filhos por mulher", destacou La Vecchia.
O investigador reconhece, no entanto, que existem diferenças notáveis entre países como o Reino Unido, Suécia ou Dinamarca, por um lado, onde as mulheres começaram a tomar anticoncepcionais a partir dos anos 1960, e os países da Europa Oriental, que o fizeram mais tarde.
Outras regiões mostraram tendências menos consistentes. A quantidade de câncer de ovário diminuiu nos países do cone sul da América Latina.
Na Argentina, Chile e Uruguai assistem a uma queda na mortalidade entre 2002 e 2012, mas no Brasil, Colômbia, Cuba, México e Venezuela registou-se um aumento da mortalidade.
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