22 de julho de 2013 - 14h58
O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo está a ultimar mais
cerca de 800 novas camas de cuidados continuados em todo o país,
referindo que isso implica um gasto de seis milhões de euros.
Pedro
Passos Coelho fez este anúncio no final de uma visita à unidade de
cuidados continuados da Santa Casa de Misericórdia de Vila de Rei, no
distrito de Castelo Branco, que foi inaugurada em 2010.
As 800
novas camas de cuidados continuados, até final do ano, tinham já sido
anunciadas pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, na audição parlamentar
de 26 de junho. Na altura, ministro disse ainda aos jornalistas que o
processo estava nas mãos das Administrações Regionais de Saúde (ARS).
Fonte
do gabinete do ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro
Mota Soares, que acompanhou o primeiro-ministro na visita de hoje,
adiantou à Lusa que o valor de seis milhões de euros será aplicado este
ano, nas referidas 800 camas, estando previsto que, em 2014, se apliquem
mais 15 milhões neste programa.
A mesma fonte referiu estar em
causa uma portaria conjunta dos ministérios da Saúde, Finanças e da
Solidariedade e Segurança Social, a publicar em breve em Diário da
República.
Numa curta intervenção, perante o presidente da União
das Misericórdias, Manuel Lemos, o primeiro-ministro enalteceu o papel
desta instituição, "neste tempo de emergência social", e deixou também
elogios para o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social.
Segundo
Passos Coelho, o ministro Mota Soares e o secretário de Estado Marco
António, também presente nesta visita, têm formado "uma excelente
equipa" na forma como têm trabalhado junto das instituições particulares
de solidariedade social, "para saber como ter um programa de emergência
social que funcione, para não deixar pessoas desabrigadas".
No
âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), além
do anúncio das 800 camas, no passado mês de junho, o Governo também
criou um grupo de trabalho para avaliar a capacidade instalada e as
necessidades desta rede.
No despacho conjunto do Ministério da
Saúde e do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, publicado
em Diário da República, relativo à RNCCI, foi determinado que o grupo de
trabalho deverá rever as tipologias e modelo de referenciação e
articulação com as unidades hospitalares, de cuidados primários e
estruturas na dependência da Segurança Social.
De acordo com o
diploma, o grupo de trabalho tem três meses para elaborar e apresentar
um relatório, dentro dos próximos três meses.
Lusa
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