“A epidemia de covid-19 mantém uma incidência muito elevada, embora com tendência decrescente. O impacto nos internamentos apresenta uma tendência decrescente, bem como a mortalidade específica” por esta doença, refere o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
É expectável que se mantenha a diminuição da procura de cuidados de saúde, mas deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica no país, alerta o documento, que continua a recomendar as medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente dessas medidas à população.
A DGS e o INSA indicam que se verificou uma tendência decrescente da ocupação hospitalar por casos de covid-19, com 1.441 internados na segunda-feira, menos 17% do que no mesmo dia da semana anterior.
O grupo dos 40 aos 59 anos apresenta uma tendência estável nos internamentos em enfermarias na última semana, enquanto o número de hospitalizações nas restantes faixas etárias está a diminuir.
Quanto aos cuidados intensivos, o relatório refere que os 81 doentes nessas unidades na segunda-feira correspondiam a 31,8% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior este indicador era de 33,3%.
As unidades de cuidados intensivos dos hospitais de todas as regiões do continente estão distantes dos respetivos níveis de alerta.
A mortalidade específica por covid-19 estava nos 37,8 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, também com tendência decrescente, apesar de este valor ser ainda superior ao limiar de 20 óbitos definido Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC).
“A mortalidade por todas as causas encontra-se no limiar do esperado para a época do ano, indicando um excesso moderado de mortalidade por todas as causas, em parte associado à mortalidade específica por covid-19”, avança a autoridade de saúde.
De acordo com os dados da DGS, desde o início da pandemia e até segunda-feira, Portugal registou 5.150.287 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e 314.217 suspeitas de reinfeção, que representam 6,1% do total de contágios.
A maior percentagem de reinfeções reportada entre 91 e 180 dias ocorreu durante a linhagem BA.5 da variante Ómicron, que é “claramente dominante” em Portugal e responsável por cerca de 95% das infeções atualmente registadas no país.
A percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 entre 14 a 20 de junho de 2022 foi de 42,8% e regista-se uma diminuição no número de despistes realizados, que passaram de mais de 199 mil para quase 171 mil, refere o relatório.
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