Apesar da melhoria da situação sanitária na Europa, a COVID-19 ainda não permite retomar de maneira segura as viagens internacionais por "uma ameaça persistente e novas incertezas", advertiu Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa.
"É uma ameaça imprevisível", afirmou Catherine Smallwood, responsável pelas situações de urgência da OMS na Europa. "A pandemia não terminou", frisou.
Segundo dados da instituição, no conjunto da região (que alcança até uma parte da Ásia Central), o número de novos casos caiu 60% em um mês, passando de 1,7 milhões em meados de abril para 685.000 na semana passada.
"Estamos na direção certa, mas temos de nos manter vigilantes (...) O aumento da mobilidade, das interações físicas e das reuniões pode levar a um aumento da transmissão na Europa", insistiu o diretor regional, lembrando que as viagens essenciais permanecem autorizadas.
A redução das restrições sociais tem de acontecer em paralelo com um aumento da deteção, rastreamento e vacinação.
"Não há risco zero", frisou Kluge. "As vacinas são, talvez, uma luz ao fundo do túnel, mas não nos podemos deixar cegar por esta luz", completou.
Veja o vídeo - Sabe como funcionam as vacinas e o sistema imunitário?
A pandemia da COVID-19 matou, desde o final de dezembro de 2019, pelo menos 3.406.803 pessoas no mundo, segundo um levantamento realizado pela agência noticiosa AFP a partir de fontes oficiais. Mais de 164.145.030 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde que foram detetados os primeiros caos do vírus SARS-CoV-2 na China, no final de 2019.
Os países que registaram o maior número de novas mortes nos seus balanços mais recentes foram a Índia com 4.529 mortes, o Brasil (2.513) e os Estados Unidos (858).
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 587.219 mortes em 32.997.505 casos, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.
Depois dos EUA, os países mais afetados são o Brasil, com 439.050 mortos e 15.732.836 casos, a Índia, com 283.248 óbitos (25.496.330 casos), o México, com 220.746 mortos (2.385.512 casos), e o Reino Unido, com 127.691 óbitos (4.450.392 casos).
Entre os países mais atingidos, a Hungria é o que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 303 mortes por 100.000 habitantes, seguida pela República Checa (280), Bósnia-Herzegovina (276), Macedónia do Norte (251) e Bulgária (250).
A Europa totalizava hoje 1.114.295 mortes e 52.435.947 casos, a América Latina e as Caraíbas 989.289 óbitos (31.113.034 casos), os Estados Unidos e Canadá 612.226 mortes (34.333.792 casos), a Ásia 424.337 mortes (33.202.535 casos), o Médio Oriente 138.693 óbitos (8.301.795 casos), a África 126.887 mortes (4.711.225 casos) e a Oceânia 1.076 óbitos (46.702 casos).
Desde o início da pandemia, o número de testes realizados aumentou substancialmente e as técnicas de rastreamento e despistagem melhoraram, resultando num aumento dos contágios comunicados.
O número de casos diagnosticados, contudo, reflete apenas uma fração do total real de infeções, uma vez que uma parte significativa dos casos menos graves ou assintomáticos permanecem não detetados.
Esta avaliação foi realizada com base em dados recolhidos pela agência de notícia s francesa AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
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