"Peço aos países europeus que tomem medidas coordenadas para controlar os mosquitos, através do envolvimento das pessoas que deverão eliminar os focos de contaminação", escreveu em comunicado a diretora do gabinete da OMS na Europa, Zsuzsanna Jakab.

A OMS disse na segunda-feira que existem fortes indícios de que o vírus Zika está na origem da explosão de casos de microcefalia na América Latina, declarada "emergência de saúde pública mundial". A ligação não está contudo comprovada do ponto de vista científico.

Existe o risco de milhares de turistas europeus serem infetados com o vírus Zika em deslocações ao estrangeiro. O mosquito que transmite o vírus (Aedes aegypti) ainda não foi detetado em território continental europeu.

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A OMS estima que o risco do vírus chegar ao continente "continua a ser extremamente baixo durante o inverno". Mas esse risco aumenta à medida que as temperaturas sobem, uma vez que o inseto pode facilmente adaptar-se a todos os climas quentes, indica aquela agência das Nações Unidas.

Entretanto, os Estados Unidos confirmaram na terça-feira que o vírus Zika se transmite sexualmente, aumentando os temores da propagação rápida da doença. As autoridades de saúde do Texas, no sul do país, notificaram um caso de transmissão por contacto sexual do vírus, potencialmente perigoso para mulheres grávidas e em crescimento na América Latina.

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O Centro europeu de prevenção e controlo das doenças alertou para o risco de que outro mosquito, Aedes albopictus, possa também tornar-se vetor da doença na Europa.

A presença desta espécie está estabelecida, de acordo com suas observações, em torno do Mediterrâneo, de Espanha à Grécia, na metade sul de França, em toda a Itália, bem como na Bulgária.

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