13 de março de 2013 - 09h33
Um homem morreu na Arábia Saudita vítima do novo coronavírus da família do que causa a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), elevando para nove o número de mortes no mundo, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O homem, de 39 anos, desenvolveu os sintomas a 24 de fevereiro, foi hospitalizado quatro dias depois e morreu a 2 de março, diz a organização em comunicado.
As análises preliminares revelam que o homem não teve contacto com qualquer dos casos anteriormente registados do novo coronavírus (nCoV), não se sabendo para já a origem da infeção.
Até hoje, a OMS registou 15 casos confirmados de infeção humana com o nCoV e nove mortes.
O oitavo caso mortal foi o de um homem de 69 anos que morreu a 19 de fevereiro, também na Arábia Saudita.
Até agora, sete dos nove casos mortais ocorreram na Arábia Saudita, tendo os outros dois ocorrido na Jordânia e no Reino Unido.
Este último paciente, que tinha um problema de saúde anterior, era um de três membros da mesma família diagnosticados com o nCoV, que terá sido apanhado por um dos familiares durante uma viagem recente ao Médio Oriente e Paquistão.
No seu comunicado, a OMS apela aos Estados membros que mantenham a vigilância sobre infeções respiratórias severas agudas e que revejam cuidadosamente qualquer padrão pouco habitual.
A agência das Nações Unidas para a Saúde está atualmente a trabalhar com especialistas internacionais e com os países com casos registados para avaliar a situação e rever recomendações de vigilância e monitorização.
Todos os países devem notificar a OMS de qualquer novo caso de infeção, acrescenta a organização, que por enquanto não recomenda controlos especiais nos pontos de entrada ou restrições a viagens e trocas comerciais.
Os coronavírus são uma vasta família de vírus que inclui os que causam a gripe comum, mas também a SARS, que em 2003 matou cerca de 800 pessoas numa epidemia que alastrou sobretudo na Ásia.
O novo coronavírus, identificado pela primeira vez em setembro de 2012 após a morte de um doente em junho do mesmo ano, é, no entanto, diferente do que provocou a SARS, já que causa uma falência renal rápida.
Lusa