"Começámos hoje a trabalhar, mas em serviços mínimos, dando resposta só às situações agudas, visto que o sistema informático não está ainda a funcionar", disse à agência Lusa o coordenador da Unidade de Saúde Familiar (USF) Serra da Lousã.

Além desta unidade, com 10.500 utentes inscritos, as novas instalações albergam também a USF Trevim Sol, que presta cuidados de saúde a cerca de 8.000 pessoas, incluindo as que são atendidas na Extensão de Saúde de Serpins.

"Falta ainda montar os quiosques eletrónicos", adiantou o médico João Rodrigues.

Construído pelo Ministério da Saúde em terreno cedido pelo município, nos arredores da vila, o edifício veio substituir as instalações arrendadas há três décadas à Misericórdia local, no centro da Lousã.

Acolhendo as exigências dos profissionais de saúde, dos utentes e dos partidos da oposição, a Câmara Municipal, liderada pelo socialista Luís Antunes, criou um plano de transportes públicos, que funcionam a partir de hoje, de segunda a sexta-feira, ligando a zona urbana ao Centro de Saúde.

"Esta solução minimiza, mas irá resolver o erro base da escolha da localização", afirmou João Rodrigues, frisando que "o médico de família tem de estar próximo das pessoas".

Numa informação aos utentes, disponibilizada hoje no sítio da internet da USF Serra da Lousã e afixada nas instalações, o coordenador realça "a orientação solar do edifício, privilegiando a orientação sul dos gabinetes de consulta e a instalação de equipamentos de uso das energias renováveis".

Outro dos "pontos positivos" é a existência de "estacionamento para todos os potenciais utilizadores e profissionais", destaca.

Como "pontos negativos", a USF Serra da Lousã refere "a localização, fora do centro da vila, dificultando a acessibilidade", "as serventias, sem passeios na maioria dos acessos, e a ligação deficiente à rede viária principal", além da "ausência de garagens e de espaço para armazém".

Os serviços acolhidos no novo edifício "estão com falta de espaço, nomeadamente de gabinetes médicos para formação, salas de espera e espaço comum. Além disso, um elevador pequeno que não permite transportar um doente em maca", segundo o coordenador daquela unidade.

Para já, "estamos sem acesso ao sistema informático, sem possibilidades de aceder aos processos clínicos, receituário e agendas", esclarece.

O novo Centro de Saúde da Lousã custou 2.297.400,81 euros, tendo sido contemplado com um financiamento europeu de 1.952.790,69 euros.