"Mu é a variante predominante na Colômbia e manteve o terceiro pico. Durante todo esse tempo, em que fizemos vigilância genómica, mais ou menos 60% das mortes que sequenciámos são dessa linhagem", afirmou à RCN Rádio a diretora do Instituto Nacional de Saúde, Marcela Mercado.
Entre abril e junho deste ano, os casos e mortes alcançaram números recordes, e levaram o sistema hospitalar colombiano à beira do colapso.
A variante B.1.621, segundo a nomenclatura científica, foi classificada como "variante de interesse" pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e surgiu pela primeira vez na costa Atlântica colombiana (norte), em janeiro.
"Já foi encontrada em mais de 43 países e apresentou alta contagiosidade", alertou Mercado.
De acordo com a OMS, a nova linhagem apresenta mutações que poderiam representar um risco de resistência às vacinas, embora ainda seja preciso realizar estudos complementares.
A Colômbia superou a fase mais crítica da pandemia, mas regista cerca de 100 mortes e 2.000 casos diários.
Mercado atribui a melhoria relativa à campanha de vacinação, que já protege 29% dos 50 milhões de habitantes no país, mas pediu para não baixar a guarda.
"Podemos ter um pico em outubro, porque ainda há (pessoas) suscetíveis que podem manter um foco", alertou.
No país também circulam as variantes delta, alfa e gamma.
O primeiro caso de COVID-19 foi detetado em março do ano passado no país e o governo ordenou imediatamente um confinamento rígido que durou até setembro.
A Colômbia é o quarto país com mais mortes por milhão de habitantes na América Latina e Caribe e o quinto em número de casos, segundo uma contagem da AFP.
Desde 6 de março de 2020, o ministério da Saúde regista mais de 125.000 mortes e 4,9 milhões de contágios.
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