12 de abril de 2013 - 09h23
A nova estirpe do vírus da gripe aviária A (H7N9), que causou pelo menos dez mortos na China, ainda não foi detetada em Portugal e na Europa, informou na quinta-feira a Direção-Geral de Saúde (DGS).
Em comunicado divulgado na sua página na Internet, a DGS refere que no dia 01 de abril a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças notificaram o aparecimento de um novo vírus da gripe A (H7N9) de origem aviária, responsável pela ocorrência de 33 casos confirmados (até 10 de abril), dos quais resultaram dez mortes nas províncias chinesas de Xanagai, Anhui, Jiangsu e Zhejiang.
A DGS adianta que a “fonte de infeção e o modo de transmissão deste vírus ainda não foram notificados” e ainda “não estão documentados casos de transmissão de pessoa para pessoa”.
As autoridades de saúde internacionais, apesar de não existirem ainda recomendações para restrições de viagens e trocas comerciais na China, aconselham aos viajantes que evitem o contacto direto com aves, nomeadamente em mercados, assim como o reforço da higiene das mãos.
Apesar de não terem sido registados casos em Portugal, a DGS recomenda que os “casos suspeitos e confirmados desta infeção sejam reportados às autoridades de saúde".
"Devem também ser seguidas as orientações preconizadas para controlo da infeção, com atenção redobrada em relação ao aparecimento de sinais e sintomas em profissionais de saúde que tenham a seu cuidado doentes infetados”.
A situação deve ser também transmitida às autoridades de saúde quando existir alguma suspeita de doença respiratória aguda grave em pessoas que tenham estado nos últimos dez dias na China ou em outros países onde circulem vírus de origem aviária 1.
A DGS refere ainda estar em contacto permanente com as instituições europeias e internacionais e divulgará informação e recomendações de acordo com a evolução da situação.
A China encontra-se atualmente a trabalhar no desenvolvimento de uma vacina contra a nova estirpe da gripe aviária.

Lusa