A medida foi adotada "devido às más condições de ventilação e com o objetivo de proteger a saúde da população", afirmou o governo de Santiago em comunicado.

É a primeira vez em um ano que o governo declara emergência ambiental, isto depois de o executivo de Santiago ter decretado nove "pré-emergências" ambientais nas últimas duas semanas. Nesse intervalo, os níveis de poluição situaram-se entre 300 e 499 microgramas de partículas nocivas por metro cúbico.

A emergência ambiental é o nível máximo de alerta previsto pela legislação chilena e é decretada quando a poluição ultrapassa as 500 microgramas de partículas por metro cúbico nas 11 estações de medição da qualidade do ar de Santiago.

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Na segunda-feira (27.06), feriado no Chile, 40% dos 1,9 milhões de veículos de Santiago ficaram estacionados, assim como 2.558 instalações industriais.

As autoridades também proibiram o uso de aquecedores a lenha e recomendaram a não realização de atividades desportivas ao ar livre na capital, onde vivem cerca de sete milhões de pessoas.

Santiago é uma das capitais da região com os níveis mais altos de poluição, devido a uma combinação de fatores geográficos, climáticos e de medidas pouco eficientes.

No inverno e no outono, quando os ventos diminuem, a poluição intensifica-se na capital chilena pelo "engavetamento" geográfico, uma vez que a cidade fica situada num vale rodeado por montanhas.

A inversão térmica ocorre quando uma nuvem de ar quente impede que o ar frio - que se situa mais abaixo e onde se concentram os poluentes - circule, um efeito que se acentua no inverno austral, quando as temperaturas caem.

A nuvem de fumo diminui a visibilidade e provoca sensação de secura na garganta e irritação nos olhos. A longo prazo, pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral, doenças cardíacas, cancro e doenças respiratórias agudas e crónicas.

Todos os anos, cerca de 4.000 pessoas morrem prematuramente por doenças cardiopulmonares associadas à poluição no Chile, segundo um relatório oficial de 2014.