Mas até ao momento o tratamento só foi testado em ratinhos de laboratório, destaca o estudo publicado na revista especializada Science Translational Medicine.
Ainda faltam experiências e autorizações para avançar com testes em humanos, mas os médicos estão entusiasmados com esta possível alternativa para combater a arteriosclerose - obstrução de artérias por acumulação de gordura -, uma das primeiras causas de morte nos Estados Unidos e Europa.
"Este é o primeiro exemplo de uma tecnologia específica que usa nanopartículas para reduzir a arteriosclerose num modelo animal", disse Omid Farokhzad, professor da escola de medicina da Universidade de Harvard e um dos autores do estudo.
"Depois de anos de estudos e colaborações, pudemos usar a nanotecnologia para curar inflamações e remodelar as placas num modelo de arteriosclerose avançada", acrescentou à agência France Presse.
Neste caso em particular, os cientistas usaram nano-medicamentos para levar o medicamento aos locais onde se formaram as placas.
Um grupo de ratos com as artérias endurecidas por causa de uma arteriosclerose avançada foi submetido durante cinco semanas a este tratamento inovador, enquanto outro grupo de roedores não foi tratado.
Entre os ratos que receberam o tratamento, "os danos nas artérias foram reparados significativamente e as placas estabilizaram", constatam os cientistas.
No entanto, os investigadores desconhecem até que ponto este tratamento é eficaz em humanos e as experiências com pessoas podem ainda ter de esperar vários anos até serem autorizadas.
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