Compreender que características das mães influenciam o peso dos seus bebés pode ajudar a reduzir o número de bebés nascidos com excesso ou falta de peso. E foi exatamente isso que um grupo de investigadores fez ao examinar dados de mais de 30.000 mulheres saudáveis ​​que deram à luz entre 1929 e 2013.

O estudo publicado esta terça-feira no Journal of the American Medical Association indica que mães com excesso de açúcar no sangue ou diabetes, mesmo dentro de uma escala saudável, também tendem a ter bebés maiores.

Por outro lado, o aumento da pressão arterial durante a gravidez faz com que as mulheres tenham bebés mais pequenos, segundo os investigadores das universidades britânicas de Bristol e Exeter que lideraram o estudo.

Bebés grandes e pequenos têm mais riscos

"Ter nascido muito grande ou muito pequeno pode acarretar em riscos para a saúde de um bebé recém-nascido, especialmente quando está no extremo do espectro", disse Rachel Freathy, da Universidade de Exeter Medical School, que co-escreveu o relatório.

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Os investigadores examinaram variantes genéticas associadas aos índices de massa corporal, glicémia, níveis de lipídios e pressão arterial das mulheres, assim como as medições dessas características durante a gravidez e peso dos bebés na altura do nascimento.

Um índice de massa corporal (IMC) quatro pontos maior para as mães resulta em bebés com mais 54 gramas, segundo o estudo.

Os autores do estudo também determinaram índices de correlações entre níveis mais elevados de glicose no sangue das mães e pesos de natalidade mais elevados, bem como o aumento da pressão arterial em mães e menor peso no nascimento.

"As associações estimadas entre estas características maternas e o peso no nascimento (aumentado ou reduzido) são substanciais e de importância clínica", escreveram os autores. "Esses dados reforçam os esforços para manter os níveis de glicose e pressão arterial gestacional saudáveis ​​para garantir o crescimento fetal saudável".

O estudo também concluiu que lipídios ou níveis de gordura no sangue das mães não parece afetar o tamanho dos bebés, contrariando resultados de estudos anteriores.