“O acordo não vai resolver os problemas mais prementes do Serviço Nacional de Saúde [SNS], mesmo nas urgências”, afirmou Luís Montenegro aos jornalistas, salientando, contudo, a necessidade de estabilizar a carreira dos médicos e atrair e reter profissionais no SNS.
O líder do PSD voltou a defender a necessidade de um entendimento no país envolvendo os setores público e social e os privados “para que todos possam cumprir o serviço público de estar à disposição dos cidadãos um acesso a cuidados de saúde que são prementes e urgentes”.
“Enquanto isso não for feito nós vamos andar aqui com remendos. Por falar em saúde, é uma espécie de cuidados paliativos que não resolvem o problema em si, apenas vão dando para gerir aquilo que é hoje um caos que se instalou infelizmente no SNS”, sustentou.
A ronda negocial entre o Governo e os sindicatos médicos, que estava prevista para sexta-feira, foi adiada para sábado, a pedido da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), revelou hoje o Ministério da Saúde.
As negociações entre o Ministério da Saúde e as estruturas sindicais iniciaram-se em 2022, mas a falta de acordo tem agudizado a luta dos médicos, com greves e declarações de escusa ao trabalho extraordinário além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de serviços de urgência em hospitais de todo o país.
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