"Registámos, entre 2013 e 2017, um aumento substancial de pessoas a beneficiarem do tratamento antirretroviral e que está a ser oferecido de forma gratuita e em unidades sanitárias cada vez mais próximas dos locais de residência dos nossos doentes", declarou Nazira Abdula.

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A ministra falava hoje, em Maputo, durante o encerramento da 7.ª reunião do Programa Nacional de Controlo de Infeções Sexualmente Transmissíveis, HIV e Sida, um encontro que avaliou em três dias o nível de execução da Resposta Acelerada ao HIV no período 2013-2017.

Apesar de haver mais beneficiários de tratamento antirretroviral e de o número de unidades sanitárias a oferecer o serviço ter quadruplicado, Moçambique continua longe de atingir as metas definidas pelas Nações Unidas para 2020.

O Governo moçambicano estima que 64% da população infetada tenha conhecimento do seu estado e que deste grupo só 54% esteja em tratamento antirretroviral, dos quais apenas 40% terá alcançado a supressão viral - o objetivo é chegar a 90% em cada patamar.

Recursos insuficientes

Nazira Abdula admitiu que os recursos para fazer face à doença no país são insuficientes, mas a adoção de estratégias em coordenação com os parceiros pode ser uma solução.

"Somos todos chamados a fazer mais e melhor, com os recursos que temos disponíveis, que assumimos que não são suficientes. A planificação conjunta e a união de esforços devem ser um imperativo estratégico nacional", observou a governante.

A estimativa mais recente da prevalência do HIV entre moçambicanos com idade entre 15 e 49 é de 13,2%.

O país continua a ser o segundo da África Austral e Oriental com maior número de novas infeções por ano, depois da África do Sul, segundo dados da agência UNAIDS de 2016.