De acordo com informação disponibilizada pelo Ministério da Saúde, o ministro da tutela, Armindo Daniel Tiago, está no Brasil desde segunda-feira, em visita de trabalho, no âmbito da cooperação bilateral, deslocação que vai decorrer até 12 de novembro e que prevê a assinatura de “diversos acordos que visam, entre outros, responder, através de soluções inovadoras, aos desafios com que o setor se debate no país”.

“São parte dos desafios do setor de saúde moçambicano e que vão corporizar os acordos a serem rubricados pelos setores de saúde dos dois Estados, o estabelecimento de parcerias para a formação acelerada de médicos especialistas, estabelecimento de indústria farmacêutica, biotecnologia em saúde entre outros”, explica o Ministério da Saúde.

Na mesma informação, aquele ministério recorda que o Brasil “é reconhecido mundialmente pelo seu forte potencial na área da indústria farmacêutica, no sistema de inovação em biotecnologia e na formação de médicos especialistas”.

“Os acordos de formação de especialistas a serem rubricados nesta visita do ministro da Saúde irão viabilizar também a provisão de médicos especialistas e não só, para atender a demanda resultante da iniciativa presidencial ‘Um distrito, um hospital distrital’. Entre outros recursos humanos, a iniciativa presidencial ‘Um distrito, um hospital distrital’ requer profissionais especializados em enfermagem, cuidados intensivos, instrumentação e anestesiologia e outras áreas prioritárias das especialidades médicas”, lê-se.

“Os acordos a serem alcançados nesta visita para área de formação vão permitir o envio de médicos moçambicanos ao Brasil e, também, da vinda de especialistas brasileiros para a formação de médicos especialistas em Moçambique”, acrescenta.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, saudou em julho, em Maputo, o programa governamental “Um distrito, um hospital”, lançado em 2019, reconhecendo que são necessários investimentos na saúde no pós-pandemia.

“Concordamos que são necessários mais investimentos na saúde após a covid-19”, declarou Tedros Ghebreyesus, aludindo ao encontro que manteve na ocasião com o Presidente moçambicano.

O encontro, disse, serviu para discutir o programa do Governo de Moçambique para implantar infraestruturas sanitárias de raiz, equipadas com serviços modernos para reduzir a transferência de doentes para um hospital de referência.

O diretor-geral da OMS explicou que o encontro com Filipe Nyusi permitiu analisar os “investimentos necessários” para a concretização do programa “Um distrito, um hospital”, de “unidades básicas de saúde através da uma nova plataforma de investimentos de impacto” no setor da saúde em Moçambique.