“No nosso país, até ao momento, ainda não foi confirmado qualquer caso” de Covid-19, numa altura em que já foram testados pelos serviços de saúde “dez casos suspeitos provenientes de regiões afetadas”, referiu numa comunicação à nação.
“Tendo em conta o elevado risco de transmissão da doença nos diferentes países, o Governo de Moçambique decidiu elevar o nível de alerta através da consolidação de medidas previamente difundidas e medidas adicionais”, sublinhou.
Nyusi anunciou a implementação de “quarentena obrigatória de 14 dias a todos os cidadãos provenientes de países com transmissão ativa, independentemente de serem moçambicanos ou não”.
Haverá ainda “isolamento de todos os casos com sintomatologia grave” e “rastreio de todos os cidadãos, no mesmo âmbito, nos postos de entrada do país”.
O chefe de Estado anunciou também a suspensão de “todas as deslocações de Estado para fora do país”.
O Governo moçambicano vai igualmente suspender “a organização e participação em todo o tipo de eventos com mais de 300 pessoas e desencorajar que os mesmos ocorram em espaços fechados e sem ventilação adequada”.
Filipe Nyusi fez um apelo para que instituições públicas e privadas aumentem a “divulgação de medidas” de prevenção de Covid-19 e pediu “o esforço de todos” para que o novo coronavírus “tenha dificuldade em chegar a Moçambique”.
Até sexta-feira, a África do Sul era o único país fronteiriço a Moçambique com casos de Covid-19, com um total de 24 em quatro províncias do país, segundo as autoridades de saúde sul-africanas.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19, foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 143 mil pessoas, com casos registados em mais de 135 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.
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