Ludovina Bernardo disse, na terça-feira, que a decisão do Governo moçambicano vai permitir a admissão de técnicos superiores de saúde, técnicos especializados de saúde, técnicos de saúde e agentes de serviço, incluindo serventes e motoristas para ambulâncias.
“Este decreto resulta daquilo que é o aumento exponencial dos casos de covid-19, que gera, automaticamente, uma pressão sobre o nosso Sistema Nacional de Saúde”, avançou Ludovina Bernardo.
Os recursos humanos com que o Sistema Nacional de Saúde conta atualmente, prosseguiu, não são suficientes para fazer face à procura de cuidados de saúde imposta pela pandemia.
A decisão tem abrigo no Estatuto Geral dos Funcionários do Estado (EGFE) de Moçambique, que prevê casos de necessidade de contratação de pessoal de saúde, com dispensa de concurso público, em situações de emergência, acrescentou.
No início deste mês, o ministério da Saúde de Moçambique anunciou a integração de cerca de 100 médicos, afetos a áreas administrativas e de chefia, “nas diversas equipas na linha da frente do combate à covid-19″.
Os médicos vão atuar nas áreas de prevenção, diagnóstico e assistência médica, junto das unidades hospitalares da área metropolitana de Maputo, “principal foco de transmissão” do novo coronavírus, referiu comunicado do Ministério da Saúde.
Entre os médicos consta o próprio ministro da Saúde, Armindo Tiago, que às sextas-feiras irá exercer medicina na enfermaria do Hospital Central de Maputo e aos sábados estará nas urgências da mesma unidade.
Moçambique tem um total acumulado de 606 mortes e 56.595 casos de covid-19, após uma subida vertiginosa em janeiro.
Só em janeiro o país registou mais casos e mortes que em todo o ano de 2020, elevando para mais de 300 o número de internamentos, pressionando o sistema de saúde.
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