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"Evitar o seu aparecimento não é possível, mas podemos diminuir o risco do seu desenvolvimento adotando hábitos de vida saudáveis, impedindo o excesso de peso e a hipertensão, bem como podemos alterar alguns hábitos alimentares, pois pensa-se que a ingestão de carnes vermelhas, cafeína e álcool aumentam o risco do seu desenvolvimento", explica Filipa Osório, médica ginecologista-obstetra no Centro Hospitalar Lisboa Norte e no Hospital da Luz, em Lisboa.
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O aparecimento de miomas uterinos - massa que tem origem no músculo uterino - parece estar relacionado com fatores genéticos, hormonais e de crescimento, que dificilmente são alteráveis. "No entanto, qualquer mulher deve fazer vigilância ginecológica regular para despiste deste e de outros problemas, atempadamente", frisa a especialista.
"A identificação precoce da existência de miomas permitirá a sua vigilância, controlo de sintomas e/ou do seu tratamento. Dependendo dos sintomas, das características dos miomas e do desejo da mulher (nomeadamente em relação a conservar a fertilidade ou não), é geralmente definida uma solução terapêutica adaptada ao caso", explica Filipa Osório.
Inovações no tratamento
"Tem havido nos últimos anos algumas inovações com um bom grau de tolerabilidade e de tratamento não invasivo, como é o caso de um medicamento, o único tratamento médico disponível. Depois também ao nível das cirurgias tem havido algumas evoluções, nomeadamente das cirurgias não-invasivas", salienta a médica.
O mioma uterino é o tumor benigno mais frequente na mulher e sabe-se que a sua incidência aumenta com a idade, chegando a atingir 70-80% das mulheres aos 50 anos e 20 a 40% das mulheres em idade fértil.
Porém, a associação de miomas com problemas oncológicos é rara. "Estima-se que o risco de malignidade seja entre os 0,06 e os 0,3%", esclarece a médica ginecologista.
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