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Hospitalais do Alentejo e Algarve entre unidades que pagaram remunerações indevidas aos médicos
17 de julho de 2013 - 15h51
O Ministério da Saúde anunciou hoje que já foram substituídos os conselhos de administração dos hospitais visados numa auditoria do Tribunal de Contas (TdC), que identificou médicos a auferir rendimentos indevidos.
A auditoria do TdC visou “identificar as cinco remunerações mais elevadas em cada entidade do universo das unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS), analisar as componentes que integram a remuneração total desses profissionais face à eficiência de gestão, conformidade legal e regulamentar”.
Visou ainda avaliar “os procedimentos de controlo interno das unidades hospitalares e a sua compatibilidade com as práticas de boa gestão dos dinheiros públicos”.
As unidades hospitalares do Alentejo e do Algarve foram aquelas em que se detetaram os médicos que auferiam as remunerações mais elevadas, “ficando por esclarecer se a causa radicará na falta de atratividade de novos médicos devido à escassez de informação sobre as remunerações potencialmente auferíveis por cada profissional”.
Das unidades hospitalares do SNS, as especialidades médicas como a oftalmologia, a ortopedia e a anestesiologia são as que “têm gerado as remunerações mais elevadas”.
Perante estas conclusões, que a Lusa divulgou no passado dia 04, o ministro da Saúde ordenou à Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) “o apuramento da situação”.
No passado dia 10, a IGAS informou Paulo Macedo de que, no início de 2012, “foram substituídos os conselhos de administração das entidades mencionadas”, nomeadamente na área de influência das Administrações Regionais de Saúde (ARS) do Algarve e do Alentejo, o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio e a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.
“Por ter sido igualmente referenciado no mencionado relatório do TdC, o atual conselho de administração do Médio Tejo foi nomeado no final de novembro de 2011, substituindo o anterior conselho responsável pelos exercícios económicos de 2008 a 2011”, segundo informação do Ministério da Saúde.
No início de 2012, foram substituídos os conselhos de administração do Hospital do Espírito Santo (Évora), da Unidade Local de Saúde (ULS) do Baixo Alentejo, do Litoral Alentejano e do Norte Alentejano, do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio e do Hospital de Faro.
SAPO Saúde com Lusa
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