Na quarta-feira à tarde, o Hospital de Santa Maria emitiu um comunicado que revelava já ter uma decisão quanto ao futuro da gravidez da menina de 12 anos que foi abusada pelo padrasto ao longo dos últimos dois anos, sem contudo revelar mais pormenores.

Hoje, o Diário de Notícias escreve que a menina vai poder interromper a gestação de cinco meses fruto das repetidas violações de que foi vítima por parte do companheiro da mãe. A decisão da equipa multidisciplinar tem o aval do Ministério Público, refere o jornal, que cita fontes judiciais.

"A gravidez, embora seja uma criança de 12 anos, não coloca risco à vida física, mas coloca em gravíssimo risco a vida mental desta rapariga”, garante Luís Graça, diretor do serviço de obstetrícia do referido hospital, cita o Diário de Notícias.

A direção clínica em conjunto com pediatras, pedopsiquiatras, assistentes sociais, um obstetra e uma psicóloga tomaram a decisão na quarta-feira à tarde depois de analisarem os riscos que a gestação apresenta para a menina. A menor já está a receber acompanhamento psicológico.

No primeiro interrogatório judicial, o padrasto da criança confessou os crimes de que é acusado e revelou que tinha relações sexuais com a menina quase todos os dias.