Juanita Stanley, uma apicultora de Summerville, a norte de Charleston, deu de caras com uma cena apocalíptica após a desinfestação do último fim de semana de agosto: milhões de abelhas caídas à volta das suas colmeias.
"O nosso negócio familiar ficou destruído. Ajudem-nos a compartilhar esta história, não permitam que as abelhas produtoras de mel morram em vão", escreveu Stanley na página de Facebook do apiário de que é coproprietária, o Flowertown Bee Farm and Supplies. Segundo o canal de informação local WCSC, o apiário perdeu 46 colmeias e 2,5 milhões de abelhas.
Jason Ward, administrador do condado de Dorchester - a que pertence a maior parte de Summerville -, reconheceu responsabilidades no massacre.
O inseticida utilizado pelas autoridades americanas, chamado "naled", tem gerado polémica e discussão pública devido ao seu potencial efeito nocivo na saúde e meio ambiente.
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A União Europeia proibiu a sua utilização em 2012, embora os Estados Unidos o utilizem desde 1959.
"O condado de Dorchester está a par da situação de alguns apicultores da zona que foi fumigada no domingo", afirmou Ward em comunicado. O administrador disse, ainda, que não estão previstas mais fumigações aéreas. Os apicultores serão contactados, garantiu ainda o responsável.
A desinfestação da região foi feita depois de terem sido registados quatro casos de Zika em Summerville, dois dias antes.
Este vírus, que pode causar malformações congénitas em fetos em desenvolvimento de mulheres grávidas infectadas, como a microcefalia, começou recentemente a aparecer no sul dos Estados Unidos. Até o momento, a Flórida é o único estado a registar casos autóctones.
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