Nem todos os
professores sabem o que fazer perante um ataque de epilepsia. Um dos
erros mais mencionados é o uso de objectos para evitar o enrolar da
língua.

Mais de 50% dos
professores não sabe o que fazer perante um ataque de epilepsia, de
acordo com um estudo da Associação Portuguesa de Familiares, Amigos e
Pessoas com Epilepsia (EPI – APFAPE) e da Liga Portuguesa Contra a
Epilepsia (LPCE).

Para além dos
cerca de 77% dos professores que têm dificuldade em gerir uma situação
de epilepsia, 93, 4% dos inquiridos ainda acredita no mito de colocar um
objecto na boca para evitar o enrolar da língua. Apesar deste perigo,
90% dos inquiridos sabia que se deve remover objectos que possam ferir a
pessoa, 79% lembrava-se que se deve deitar a pessoa em posição lateral
de segurança e 83,9% tinha consciência de que se deve controlar o tempo
de duração da crise, segundo informações do estudo que foi divulgado à
Lusa.

Relativamente
ao impacto da epilepsia nas actividades educativas, desportivas e lazer,
cerca de um terço dos participantes acredita, de forma errada, que a
criança não se deve exercitar muito e que se deve desculpabilizar o seu
comportamento. Apenas pouco mais de metade dos inquiridos disse já ter
tido acesso a informação sobre epilepsia, contra 45,2% que assumiu não
ter.

Perante estes resultados, a  EPI-AAPFAPE e a  LPCE decidiriam
dinamizar mais acções de divulgação e formação em escolas. O estudo
agora divulgado foi desenvolvido durante o ano lectivo 2009-10 e faz
parte do Programa Escola Amiga EPI. Trata-se de um projecto nacional
para dotar as escolas (Ensino Regular, Ensino Especial e
Instituições-ATL ) de condições adequadas para integrar os alunos com
epilepsia. 

Em Portugal, a
doença está diagnosticada em cerca de 70 mil pessoas e estima-se que
surjam anualmente cerca de 4 mil novos casos, nomeadamente em crianças e
adolescentes.

Perguntas e Respostas sobre Epilepsia