Israel lançou uma vasta campanha de vacinação a 19 de dezembro, graças a um acordo com o laboratório Pfizer, que abastece rapidamente o país em troca de dados biomédicos sobre o efeito da vacina.
O Ministério da Saúde informou que 4,65 milhões dos 9,29 milhões de habitantes já receberam a primeira dose.
A primeira dose da dupla Pfizer e BioNTech tem uma eficácia de 85% de duas a quatro semanas após a sua aplicação, disse na semana passada o hospital Sheba de Israel, num estudo publicado na revista científica The Lancet.
A vacina Pfizer também é 94% eficaz contra os casos sintomáticos de COVID-19, de acordo com um estudo realizado com 1,2 milhões de pessoas em Israel e publicado na quarta-feira, confirmando os dados publicados no país.
"Essa é a primeira prova validada pelos pares sobre a eficácia de uma vacina nas condições do mundo real", disse à AFP Ben Reis, um dos autores do estudo publicado no New England Journal of Medicine.
De toda a população de Israel, 35% já receberam a segunda dose da vacina com uma taxa superior a 85% entre as pessoas de 70 anos, ou mais, segundo o Ministério.
Apesar disso, as autoridades impuseram um toque de recolher noturno este fim de semana, devido às celebrações do feriado religioso judeu de Purim, no qual tradicionalmente são realizados desfiles carnavalescos e festas de fantasia.
Durante esses três dias, estão proibidas as reuniões de mais de dez pessoas em locais fechados, e de mais de 20 pessoas em locais abertos.
Israel detetou cerca de 770.000 casos de COVID-19 com 5.700 mortes.
Enquanto o país promove uma das maiores campanhas de vacinação do mundo, os palestinianos receberam apenas pouco mais de 30.000 doses, incluindo 2.000 de Israel, que se comprometeu a fornecer 5.000.
Na quinta-feira, a ministra palestiniana da Saúde, Mai al-Kaila, alertou sobre uma situação epidemiológica "muito preocupante" na Cisjordânia ocupada, onde há um aumento no número de casos principalmente entre os jovens.
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