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Nos países em desenvolvimento, a prevalência de perda auditiva é mais elevada
27 de fevereiro de 2013 - 17h14
Mais de 360 milhões de pessoas no mundo são afetadas pela perda de audição, uma situação que pode ser prevenida, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS) em comunicado hoje divulgado.
Segundo os dados hoje divulgados pela OMS, estima-se que uma em cada três pessoas com idade acima de 65 anos – um total de 165 milhões de pessoas em todo o mundo – e cerca de 32 milhões de crianças com idades inferiores a 15 anos enfrentam dificuldades auditivas.
Nos países em desenvolvimento, a prevalência de perda auditiva é mais elevada, nomeadamente na Ásia do Sul e do Pacífico e na África Subsariana, de acordo com a última revisão da OMS de estudos sobre este assunto.
“A produção atual de aparelhos auditivos responde a menos de 10% da necessidade global. Nos países em desenvolvimento, menos de uma em cada 40 pessoas que precisam de um aparelho auditivo tem um", declarou Shelly Chadha, do Departamento de Prevenção da Cegueira e da Surdez da OMS.
A OMS encara a transferência de tecnologia como uma forma de promover o acesso a aparelhos auditivos nos países em desenvolvimento, adiantou.
A exposição excessiva a ruído, as lesões no ouvido ou na cabeça, o envelhecimento, as causas genéticas durante a gravidez e o parto (como a infecção do citomegalovírus e a sífilis) e o uso de medicamentos podem prejudicar a audição.
Além disso, existem outros factores, nomeadamente, doenças infecciosas como a rubéola, meningite, sarampo, papeira e as infecções no ouvido que podem contribuir para a perda auditiva.
A OMS alerta que cerca de metade de todos os casos de perda auditiva são facilmente evitáveis, com recurso a cuidados de saúde primários e à vacinação, enquanto muitos outros podem ser tratados através de diagnósticos e intervenções apropriadas, nomeadamente de implantes auditivos.
As pessoas com perda auditiva também podem beneficiar de formação em linguagem gestual e de apoio social.
A organização apela a todos os países a desenvolverem programas de prevenção nos sistemas de cuidados de saúde primários, de modo a prevenir a perda de audição.
Lusa
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