A informação foi avançada por Maria de Fátima Fonseca na Comissão de Saúde, onde a equipa ministerial da Saúde está a ser ouvida a requerimento do Chega, do PCP e da Iniciativa Liberal, e respondia a questões levantadas pelo deputado comunista João Dias sobre a contratação de profissionais para o SNS, nomeadamente de médicos de família.
A governante adiantou que o processo de escolhas, no âmbito do concurso para médicos de Medicina Geral e Familiar aberto a 17 de junho, foi concluído há dois dias, havendo, “neste momento, prontos para ser colocados 272 novos médicos de Medicina geral e familiar no sistema”.
Estas contratações, afirmou, correspondem “a um incremento bastante expressivo da cobertura de utentes com médicos de família”.
Maria de Fátima Fonseca anunciou ainda que as vagas que ficaram por ocupar podem vir a sê-lo através dos procedimentos concursais a desenvolver a nível regional pelas administrações regionais de saúde, além do concurso de segunda época em novembro ou dezembro, no imediato.
O Sindicato Independente dos Médicos revelou hoje que, do total das 432 vagas abertas n concurso de 17 de junho, houve 379 candidatos, ou seja, médicos de família candidatos para 87% das vagas.
Contudo, no final do processo só 60% das vagas foram ocupadas, tendo havido dezenas de desistências”, salienta o sindicato.
Em Lisboa e Vale do Tejo, uma das zonas mais carenciadas destes especialistas, “a situação foi ainda mais crítica, com metade das vagas desertas”, salientou o SIM.
Em resposta também ao deputado João Dias sobre a falta de profissionais na área da saúde mental, Fátima Fonseca afirmou que se tem “trabalhado em articulação estreita com a coordenação nacional desta área”.
Recordou que na área da psicologia e na carreira de técnico superior de saúde, foi aberto em 2018 o procedimento para a admissão de 40 estagiários para a atribuição do grau de especialista no ramo da psicologia clínica para os cuidados de saúde primários.
“Foram realizadas 1.783 entrevistas e neste momento decorre o processo de escolha dos locais de formação para que possam de facto ser incorporados no sistema”, adiantou.
Por outro lado, na área da psiquiatria, foram contratados este ano 30 profissionais para as Equipas Comunitárias de Psiquiatria e Saúde Mental, da Infância e da Adolescência.
No concurso de primeira época, para vinculação de recém-especialistas, foram abertas 72 vagas para psiquiatria e 22 vagas para psiquiatria de infância e da adolescência, disse, anunciando que o processo de escolhas relativamente a esta especialidade ocorrerá na sexta-feira.
Ainda na área da saúde mental, no concurso de mobilidade foram também abertas cinco vagas para esta especialidade e, em termos de vagas carenciadas, foram definidas no total nove vagas.
“O que significa que temos seis vagas carenciadas na área da psiquiatria e três vagas carenciadas na área da psiquiatria, da infância e da adolescência”, acrescentou.
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