Segundo o Relatório Anual de 2017 sobre Malária no Mundo, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que analisa 94 países, o continente africano continua a ser o que conta com o maior número de casos, com cerca de 90% do total, seguido pelas regiões do sudeste asiático (3%) e Mediterrâneo Oriental (2%).

A percentagem de África no número de óbitos é também avassaladora, uma vez que registou 91% do total, seguido pelo sudeste asiático, com 6%.

Globalmente, em 2016, segundo a OMS, o número de países que têm reportado menos de 10 mil casos anuais tem aumentado desde 2010, passando de 37 nesse ano para 44 em 2016.

A OMS destacou que, em 2016, dois países – Quirguistão e Sri Lanka – foram considerados livres de malária, recebendo o respetivo certificado, enquanto a Argélia está em vias de o obter (zero casos desde 2013), e Cabo Verde, que tinha registado apenas um caso em 2012, viu subir esse total para 48 já este ano, inviabilizando a obtenção de idêntico estatuto.

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Desde 2010, refere a OMS, os governos dos países em que a malária é endémica, financiados pelos doadores, gastaram mais de 19.000 milhões de dólares com a doença.

Em 2016, o total investido no controlo do paludismo e na eliminação da doença ascendeu “apenas” a 2.700 milhões de dólares (2,2 milhões de euros), segundo a OMS, 41% do objetivo estimado inicialmente.

Se o financiamento de programas de combate à malária permitiu, segundo as estimativas da OMS, salvar a vida a 15 milhões de crianças, por outro lado, outras 13 milhões poderiam ter beneficiado das intervenções sanitárias que não se fizeram por falta de financiamento.

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