“Depois de fazermos o sequenciamento [das amostras recolhidas], verificámos que todos os pacientes foram infetados pela variante Delta (…) e que têm a mesma estirpe até 99%, portanto podemos dizer que têm a mesma fonte”, informaram as autoridades sanitárias, durante a conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

As autoridades acrescentaram que a fonte do novo surto “é o 64.º caso”, um residente de Macau com nacionalidade turca, de 31 anos, que viajou da Turquia, com escala em Singapura.

A comparação das amostras com as recolhidas em agosto mostrou ainda que “estes sete casos não têm nada a ver com os casos anteriores”, quatro membros da mesma família, também infetados com a variante Delta.

Macau concluiu na quinta-feira os testes em massa à população, tendo testado quase 690 mil pessoas, todas com resultado negativo.

Até essa data, as autoridades detetaram no entanto mais sete casos, além do primeiro viajante diagnosticado na sexta-feira passada: seis seguranças em hotéis onde se realizam quarentenas obrigatórias para quem chega ao território e mais uma viajante, proveniente de Hong Kong, que já estaria infetada.

Esta foi a segunda vez que o território organizou testes em massa. Em agosto, após a deteção de quatro casos da variante Delta do novo coronavírus, todos na mesma família, o Governo de Macau também decretou o “estado de emergência imediata” e testou toda a população.

Macau contabilizou apenas 71 casos desde o início da pandemia, não tendo registado qualquer morte associada à doença nem infetados entre os profissionais de saúde.

A covid-19 provocou pelo menos 4.771.320 mortes em todo o mundo, entre 233,23 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.975 pessoas e foram contabilizados 1.069.279 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.