O toque de recolher imposto na região mais populosa e industrializada da península terá início às 23h00 locais e vigorará até às 5h00 locais.

A medida foi proposta pelo presidente da região, Attilio Fontana, e por vários prefeitos, entre eles Giuseppe Sala, de Milão, diante da escalada no número de casos de COVID-19 na última semana. "Concordo com a hipótese de tomar medidas mais restritivas na Lombardia e vamos trabalhar nisso", reconheceu o ministro da Saúde, Roberto Speranza.

A Itália regista um forte aumento de casos de COVID-19 desde sexta-feira, com mais de 10.000 infetados por dia. Muitos deles são na Lombardia, a região mais afetada desde o início da pandemia, em fevereiro e março.

Considerada o motor económico da Itália juntamente com Veneto e Emilia-Romagna, a Lombardia registou, na segunda-feira, 1.687 novos casos dos 9.338 de toda Itália.

Desde o início da pandemia, foram registados 128.456 casos (423.578 em todo país), incluindo 17.084 mortes (36.616 em toda Itália), conforme dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde.

De 12 a 19 de outubro, o número de pacientes internados em hospitais da Lombardia aumentou 145%, e o número de pacientes em terapia intensiva, 126%, o que fez os alertas das autoridades regionais soarem.

É nesse contexto que se anuncia o toque de recolher e o encerramento, nos finais de semana, dos estabelecimentos de venda de produtos não essenciais.

Para as autoridades, uma das causas do aumento das infeções são as reuniões sociais noturnas, as festas e os deslocamentos que não se pode controlar.

Desde o último sábado, a Lombardia introduziu medidas mais duras, com o fechamento de todos os bares e restaurantes a partir de meia-noite, assim como a suspensão de todas as atividades esportivas amadoras. Essas medidas foram estendidas para todo território.