Segundo uma nota do gabinete do vereador com o pelouro dos Direitos Sociais e Educação, Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS), com este estudo, que será realizado em parceria com a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa e lançado no “Dia informal dos cuidadores informais”, o município quer também “dar visibilidade aos cuidadores informais, por vezes ‘invisíveis’".

Pretende-se, além disso, “dar cumprimento e avanço ao Estatuto do Cuidador Informal recentemente aprovado e criar as bases para um programa de ação municipal nesta área”, é acrescentado na nota.

De acordo com o gabinete do vereador Manuel Grilo, estima-se que existam 800 mil cuidadores em Portugal, “uma grande parte deles no concelho de Lisboa".

“Apesar de se tratar de um estudo, este será o primeiro passo para que todas as situações que necessitem de intervenção tenham o devido encaminhamento para respostas na cidade”, lê-se ainda na nota.

Entre os principais objetivos definidos para o estudo está a identificação da relação entre cuidador e pessoa cuidada quanto às características sociodemográficas (sexo, idade, estado civil, situação profissional, nível de escolaridade e emprego) e do contexto de prestação de cuidados (co-residência, geo-proximidade, tempo de prestação de cuidados e duração).

Pretende-se igualmente recolher informações sobre o grau de parentesco entre o cuidador e a pessoa cuidada, assim como realizar uma avaliação do cuidador relativamente ao “bem-estar, sobrecarga, depressão e razões para prestar o cuidado”.

O estudo será realizado através da referenciação de cuidadores por via dos centros de saúde, Santa Casa da Misericórdia, Associação Nacional de Cuidadores, Rede Social de Lisboa e Juntas de Freguesia, entidades parceiras do projeto.

A iniciativa tem um custo de 20 mil euros e a duração de um ano.