A denúncia surge seis meses depois do lançamento, por parte do Governo, de novas medidas para responder ao aumento do caso de cancros no Serviço Nacional de Saúde.

Para o secretário-geral da Liga, Vítor Veloso, as mudanças previstas não serviram para nada, porque "está tudo na mesma". "Foram medidas avulsas sem tradução prática, pelo que a lista de espera está igual ou pior do que na altura", disse à rádio.

Segundo Veloso, um dos pontos fracos encontra-se nas redes de cuidados continuados e paliativos, cujas camas estão ocupadas por doentes à espera de cirurgia. O presidente do Núcleo Regional do Norte denunciou ainda que os doentes oncológicos estão a ser operados "depois dos prazos estipulados", apesar de os conselhos de administração usarem "subterfúgios" que diminuem, estatisticamente, os tempos e as listas de espera.

Vítor Veloso conta que os doentes oncológicos passam por várias etapas "desnecessárias" ou "muito prolongadas", !que fazem com que a espera dos doentes seja muito maior do que aquilo que nos querem fazer pensar".

Por exemplo, no IPO do Porto, todas as semanas de 2014 houvo casos de cirurgias adiadas por falta de camas.