Os dados oficiais, embora ainda provisórios, foram hoje revelados pela diretora-geral da Saúde numa conferência de imprensa destinada a fazer o ponto da situação do surto de legionela detetado no sábado no hospital privado CUF Descobertas, em Lisboa

Segundo Graça Freitas, o surto ocorrido em novembro no hospital São Francisco Xavier provocou 59 infetados e cinco mortos.

As 10 doenças mortais mais transmitidas pelos mosquitos
As 10 doenças mortais mais transmitidas pelos mosquitos
Ver artigo

Anteriormente, o balanço apontava para seis vítimas mortais, mas concluiu-se que um dos infetados que acabou por morrer teve outra causa de morte que não a da infeção por legionela, da qual acabou por se curar.

Sobre o segundo surto de legionela conhecido em dois meses, a diretora-geral da Saúde lembrou que atualmente há “maior capacidade de detetar” a doença, fazendo parecer que há mais surtos.

“A capacidade de detetar a doença é muito maior”, declarou Graça Freitas, lembrando que atualmente é possível fazer um diagnóstico com um teste rápido à urina.

Surto na CUF Descobertas

O surto de legionela no hospital CUF Descobertas provocou até ao momento seis infetados, cinco mulheres e um homem, com as autoridades a suspeitaram para os chuveiros ou torneiras como fonte provável da transmissão.

A bactéria legionela é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia.

A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias. A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.