O problema tinha surgido há cerca de um ano, mas o caso foi arquivado pela Entidade Reguladora da Saúde. A presença de legionela foi detetada no âmbito da vigilância depois do primeiro caso de 2016.

De acordo com a Administração Regional, o caso não representa qualquer "risco iminente para a saúde pública". No entanto, por precaução, foram fechadas as torneiras de água quente e alguns setores do centro de saúde, detalha à TSF o delegado de saúde da zona, João Pedro Pimentel.

A solução ideal será fazer obras no centro de saúde, defende o responsável, apontado a existência de condições que facilitam o aparecimento da referida bactéria, nomeadamente torneiras que poucas vezes são abertas.

46 casos em Lisboa

O mais recente balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) aponta para que existam atualmente 46 pessoas infetadas pelo surto.

A maioria dos casos deste surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, ocorreu em mulheres (58%) e 71% dos doentes infetados têm 70 ou mais anos, todos com "história de doença crónica ou fatores de risco". Segundo a DGS, o primeiro caso de diagnóstico da doença dos legionários foi confirmado a 31 de outubro e desde então já provou a morte a quatro pessoas.

A legionela é a bactéria responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.

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