A fabricante alemã Alamedics assegura que as suas análises mostravam a "conformidade" dos seus lotes "em todos os casos em que receberam reclamações". A empresa informou que erros de manipulação ou de posologia podem ter sido a real causa de cegueira em alguns pacientes.
A agência estatal francesa de medicamentos (ANSM) informou na segunda-feira ter retirado do mercado o produto suspeito, o Ala Octa, uma solução aquosa usada principalmente em cirurgias oftalmológicas de rotina, no fim de julho, depois da ocorrência de dois incidentes em França no mesmo mês.
"Com as informações disponíveis, não foi possível esclarecer quais foram as causas dos efeitos comprovados" nestes casos, explicou, em comunicado, Christian Lingerfelder, diretor-geral do grupo alemão.
41 casos em Espanha
No sábado, a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários (AEMPS) informou que tinha informação da existência de 41 incidentes com cegueiro devido ao uso de Ala Octa. Neste país o produto está suspenso desde 26 de junho.
Entre estes 41 casos, 13 pessoas perderam a visão no olho operado, informou a AEMPS e uma fonte do ministério da Saúde espanhol.
Houve 13 casos confirmados de amaurose (cegueira).
O produto também provocou casos de "atrofia do nervo óptico, diminuição da acuidade visual, inflamação e vasculite", de acordo com o comunicado.
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