Este artigo tem mais de 11 anos
ovos materiais terão aplicações também na área da medicina e na produção de implantes orgânicos
11 de setembro de 2013 - 14h58
Investigadores de Singapura criaram "biomateriais" a partir dos tecidos de organismo marinhos como lulas e mexilhões, com características superiores às dos plásticos tradicionais produzidos a partir de derivados de petróleo, noticiou hoje a imprensa local.
A equipa de cientistas, da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU) e da Agência para a Ciência, tecnologia e Investigação (AxSTAR) do governo da cidade-Estado, anunciou que os novos biomateriais constituem uma alternativa ecológica a materiais com base em hidrocarbonetos.
Os dados da investigação, que já foram publicados na revista "Nature Biotechnology", dão conta da criação de um material flexível semelhante a plástico a partir do "bico" das lulas, de um material adesivo derivado das fibras com que os mexilhões se fixam às rochas e de um material elástico produzido a partir das massas de ovos de caracóis marinhos.
De acordo com os investigadores, os novos materiais terão aplicações na produção de embalagens, colas e adesivos e até na área da medicina, na produção de implantes orgânicos.
Os novos biomateriais foram obtidos através da combinação de disciplinas biológicas como a sequenciação do ácido ribonucleico (ARN), e a proteómica (que estuda as funções das proteínas) com ciências dos materiais.
O professor da NTU Ali Miserez, que codirigiu a investigação com os investigadores Paul Guerette e Shawn Hoo, disse, citado pela imprensa de Singapura, que a combinação das diferentes disciplinas permite que projetos de investigação produzam resultados concretos em meses, em vez de anos.
"A natureza tem ainda muitos segredos por descobrir. O potencial de descoberta de novos biomateriais num tempo tão curto é imenso", afirmou Miserez.
Lusa
Comentários