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Seis meses depois do tratamento, os pacientes mostraram melhorias na visão a baixa luz
16 de janeiro de 2014 - 10h20
Uma experiência inovadora para tratar uma forma rara de cegueira hereditária foi bem sucedida em meia dúzia de voluntários em que o tratamento está a ser testado, segundo anunciaram os médicos que estão a fazer a investigação.
A técnica implica introduzir um gene na retina para corrigir um defeito no DNA, que provoca perda de visão degenerativa, uma doença chamada coroideremia.
Seis meses depois do tratamento, os pacientes mostraram melhorias na visão a baixa luz e dois dos seis doentes conseguiram ler mais linhas na tabela optométrica de Snellen (em que as letras vão diminuindo de tamanho de linha para linha), segundo contaram os investigadores ao jornal médico 'The Lancet'.
Um dos pacientes conseguiu mesmo ver as estrelas numa noite de verão pela primeira vez.
"Ainda é cedo para saber se o tratamento vai resultar de forma duradoura", alertou Robert MacLaren, do Laboratório de Oftalmologia Nuffield, na Universidade de Oxford, que está a liderar a investigação.
"Mas podemos dizer que as melhorias na visão se têm mantido durante o período em que temos estado a acompanhar os doentes, que é já de dois anos num dos casos", acrescentou.
A coroideremia é causada pela mutação de um gene chamado CHM que provoca uma alteração na camada de tecido ocular entre a esclera (a zona branca do olho) e a retina (a parte colorida). A doença manifesta-se em cerca de uma em cada 50 mil pessoas e afeta sobretudo homens em idade jovem.
SAPO Saúde com agências
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