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Apesar de já existirem casos de colaboração, Macedo defende o alargamento a outras unidades
25 de junho de 2013 - 16h33
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, defendeu hoje que a investigação científica na saúde deve ser desenvolvida de forma coordenada, entre as várias entidades, e incentivou a colaboração entre universidades e hospitais, tanto públicos como privados.
"A investigação nacional pode e deve ser potenciada" pela colaboração entre as várias instituições, salientou Paulo Macedo durante a sua intervenção na conferência "A Nobel Day", uma iniciativa da agência de comunicação Cunha Vaz e Associados que reúne em Lisboa três cientistas que receberam prémios Nobel da Medicina, em diferentes anos.
O evento científico, apoiado pela investigadora Renata Gomes, junta investigadores da área da saúde para analisar a atual situação e trocar experiências sobre financiamento da ciência e o futuro da investigação científica.
O ministro da Saúde disse que, em Portugal, já existem casos de trabalho conjunto entre hospitais e universidades, mas "é necessário desenvolver de forma sustentável" esta dimensão e alargá-la a outras unidades.
Para Paulo Macedo, o peso da investigação deve aumentar nas entidades públicas, e apontou o exemplo do Instituto Ricardo Jorge, mas também deve ser uma prioridade da sociedade civil, com mais contratualização de modo a que "os hospitais sejam centros de saber e não só locais de prestação de serviços" de saúde.
Apesar de a produção científica portuguesa ter vindo a crescer nos últimos anos, atingindo o primeiro lugar entre todas as áreas de conhecimento, o ministro defendeu que Portugal está abaixo das suas possibilidades.
"Temos de investigar mais", nomeadamente na saúde, realçou, acrescentando que também no registo de patentes é necessário crescer.
"As expectativas são grandes, mas sustentáveis", salientou Paulo Macedo, acrescentando que "a investigação no conhecimento tem resultados concretos e está a dar frutos".
António Cunha Vaz anunciou que a agência de comunicação criou um prémio para estudantes a terminar os seus cursos, e que estejam a enveredar pela investigação científica, no valor de cinco mil euros anuais.
Lusa
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