Adalberto Campos Fernandes falava esta sexta-feira (21/04) aos jornalistas à margem da cerimónia que assinala a colocação de equipamentos rádios Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) no Hospital de Santa Maria, onde disse ter falado com a inspetora-geral das Atividades em Saúde sobre o assunto.

Vários casos de sarampo foram registados no Hospital de Cascais, entre os quais profissionais de saúde que terão sido contaminados por uma criança doente que não estava vacinada e ali foi internada, e uma jovem que, devido ao agravamento do estado de saúde, foi mais tarde transferida para o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, onde acabou por falecer na quarta-feira.

Até ao momento foram registados 21 casos de sarampo no surto epidémico que afeta Portugal.

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Portugal livre da doença?

Em 2016, Portugal recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS), um diploma que oficializava o país como estando livre de sarampo, até porque os poucos casos registados nos últimos anos tinham sido contraídos noutros países.

Com a vacinação gratuita das crianças, a partir de 1974, e sobretudo com a introdução de uma segunda dose de vacina em 1990, o sarampo acabou por se tornar quase uma doença esquecida ou invisível.

Mas entre 1987 e 1989 tinham sido notificados em Portugal 12 mil casos, contabilizando-se 30 mortes.

O sarampo é uma das infeções virais mais contagiosas e, apesar de habitualmente ser benigna, pode ser grave e até levar à morte, avisa a Direção-geral da Saúde.

A doença manifesta-se pelo aparecimento de pequenos pontos brancos na mucosa oral cerca de um ou dois dias antes de surgirem erupções cutâneas, que inicialmente surgem no rosto.