A informação foi dada à Lusa pelo próprio Francisco George, no final da reunião, na qual foram escolhidos para administradores executivos, em representação da Cruz Vermelha, o advogado Nuno Albuquerque e a professora Catarina Baptista.
A assembleia-geral “decorreu normalmente”, disse Francisco George, acrescentando que “foi reposta a representatividade da Cruz Vermelha no Conselho de Administração da Sociedade Gestora do Hospital, que entrou imediatamente em funções”.
“O HCVP mantém o desígnio de ser uma unidade não-covid19″ e está “preparado para receber todos os seus doentes e trabalhar em estreita articulação com o Serviço Nacional de Saúde, mantendo a excelência na prestação de cuidados de saúde”, disse Francisco George.
Questionado sobre se foi debatida a polémica relacionada com uma carta de trabalhadores a contestar a administração de Francisco George e a acusa-lo de “pôr em risco a sobrevivência clínica e económica do hospital”, o responsável disse que não.
Francisco George foi há mais de um mês questionado numa carta assinada por mais de cem trabalhadores e a polémica levou mesmo a Ordem dos Médicos a afirmar-se preocupada com as dificuldades financeiras e a instabilidade do corpo clínico, denunciadas na carta.
Em abril, por duas vezes, mais de uma centena de profissionais do HCVP enviaram uma “carta denúncia” ao Governo, na qual manifestaram “enorme preocupação” com a forma como Francisco George estava “a pôr em risco a sobrevivência clínica e económica” do hospital.
No dia da divulgação das denúncias, Francisco George disse à Lusa estranhar a carta e explicou que está no HCVP “de manhã à noite” e que ninguém lhe disse nada, afirmando-se disponível para falar com os trabalhadores, ainda que à data não tivesse recebido qualquer pedido.
O HCVP foi inaugurado em 01 de fevereiro de 1965, resultando do Hospital de Santo António da Convalescença ou Casa de Saúde de Benfica, mandada construir pela Cruz Vermelha Portuguesa para dar resposta na avaliação, diagnóstico e tratamento dos doentes com graves ferimentos sofridos na guerra colonial.
Comentários