“A informação que temos é que parte do que era corrigível em 60 ou 90 dias já foi corrigido. As outras situações, o que demora mais tempo, como sistemas informativos, estão em curso e serão executadas”, afirmou hoje à agência Lusa o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, no final de uma comissão parlamentar.
Hoje, o jornal Público revela que a Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) detetou falhas de segurança nos serviços de internamento de três centros hospitalares e de um hospital.
Segundo o jornal, problemas nos sistemas de videovigilância e nas portas de fecho automático nos serviços de obstetrícia e pediatria e insuficiente controlo no acesso às instalações, nomeadamente aos pisos de internamento, são algumas das falhas detetadas em auditorias realizadas aos centros hospitalares e universitários de Coimbra, Porto, Algarve e ao hospital de Évora.
Nestas auditorias, a IGAS tentou perceber o cumprimento de um despacho de 2008 que impunha novas regras de segurança a partir de 2009, depois de dois casos de rapto de bebés do Hospital de Penafiel.
Para o secretário de Estado Adjunto, estes casos detetados são “uma manifestação de que o sistema funciona, audita e encontra as desconformidades”.
Numa resposta escrita enviada à Lusa, o Ministério da Saúde afirma que está a acompanhar a situação “no sentido de garantir que os hospitais vão cumprir as recomendações da IGAS”.
“Os hospitais em causa estão a adotar as medidas corretivas necessárias para colmatar as falhas identificadas”, acrescenta o Ministério.
A Ordem dos Médicos veio já considerar, a propósito destas auditorias, que as falhas detetadas são “a ponta do icebergue”, afirmando que o SNS “trabalha na linha vermelha em todas as frentes”.
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