Problemas nos sistemas de videovigilância, nas unidades de pediatria e obstetrícia, e ainda falhas no controlo das portas das maternidades, uma das medidas para evitar raptos de recém-nascidos. Estas são algumas das falhas encontradas pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) nos serviços de internamento três centros hospitalares públicos e de um hospital também do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A Ordem dos Médicos já reagiu à notícia, condenando a inação do Ministério da Saúde no que toca à proteção de utentes e profissionais de saúde.
Aa IGAS auditou serviços nos centros hospitalares de Coimbra, Porto, Algarve e ainda no Hospital de Évora. "Da análise de todos os processos conclui-se que as irregularidades apresentadas são, de modo geral, comuns à maioria das unidades hospitalares auditadas", refere o parecer da IGAS citado pelo jornal Público.
Segundo o jornal, o serviço de neonatologia de Faro não aplicava sequer pulseiras eletrónicas com alarme nos recém-nascidos. Já o sistema de videovigilância no Hospital de Santo António e Centro Materno-Infantil, no Porto, não estão a funcionar corretamente. No Hospital dos Covões e na Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra, as pulseiras eletrónicas não acionam o encerramento automático das portas, sempre que uma pulseira se aproxime ou tente passar a zona de segurança.
O jornal escreve que com o relatório o IGAS pretendeu avaliar o cumprimento de um despacho de 2008 que impôs novas regras de segurança.
Desde 2009, depois de dois bebés terem sido raptados no Hospital de Penafiel, foram impostas regras para aumentar a segurança dos recém-nascidos, nomeadamente videovigilância com monitorização contínua e gravação de imagens de alta qualidade, colocação de pulseiras eletrónicas com alarme nos recém-nascidos, portas que fechem automaticamente quando detetadas irregularidades e identificação de todos os profissionais.
A inspeção verificou que estas regras ainda não são totalmente cumpridas. O parecer foi enviado para o Ministério da Saúde, conclui o Público.
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