John Edwards voluntariou-se para se deitar num caixão fechado e enterrado junto a uma igreja de Belfast, capital da Irlanda do Norte. Mas não esteve sozinho: o caixão foi adaptado para que ele pudesse transmitir a experiência ao vivo pelas redes sociais durante 72 horas.

Nesse período de tempo, o homem de 61 anos conversou com pessoas de todo o mundo através do Skype, Facetime e de uma câmara ao vivo instalada na urna. "Foi absolutamente inacreditável", disse John Edwards ao jornal irlandês Belfast Telegraph. "Falei com pessoas na China, Brasil, Índia, Nigéria, Canadá, Equador e Austrália".

O principal objetivo de John Edwards foi enviar uma mensagem de alento e esperança para pessoas em situação de desespero. Edwards é um ex-toxicodependente e antigo viciado em álcool que não bebe há duas décadas.

Chegou a viver na rua, recebeu tratamentos para distúrbios mentais e sobreviveu a várias overdoses de droga. Sofreu ainda dois tumores e recebeu um transplante de fígado por causa de uma hepatite C contraída por uma agulha contaminada.

O seu hábito de se enterrar vivo é quase um "truque", para chegar "ao maior número possível de desesperados", conta em entrevista à BBC. Durante três dias, a sua mensagem de "esperança" saiu do túmulo do terreno da igreja de Willowfield.

O caixão onde John Edwards passou três dias estava equipado com uma casa de banho improvisada e um tubo que garantia acesso a ar e a passagem de água e alimentos.

Este não foi, no entanto, o primeiro enterro de Edwards. No ano passado, este sexagenário passou três dias num outro caixão sob em Halifax, Inglaterra. O seu objetivo é, sobretudo, mostrar que é possível renascer. Basta querer.