Mesmo com medo de agulhas, o dever soou mais alto. James Harrison passou a doar sangue de forma regular desde os 18 anos. Porém, aos 24, médicos descobriram que o sangue deste australiano possuia grandes quantidades de um anticorpo raro, o que pemitiu a criação de um tratamento para salvar milhões de vidas, sobretudo, a vida de bebés com a doença hemolítica do recém-nascido (DHRN), relata a BBC.

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A descoberta levou James Harrison a dedicar seis décadas da sua vida à doação de sangue, ficando conhecido como "o homem do braço de ouro".

Agora que fez 81 anos, o australiano superou a idade limite para ser doador e no dia 11 de maio fez a sua última doação.

O Serviço de Doação de Sangue da Cruz Vermelha Australiana calcula que Harrison tenha ajudado a salvar cerca de 2,4 milhões de bebés ao longo da sua vida.

Segundo o jornal local Sydney Morning Herald, Harrison fez 1.172 doações: 1.162 pelo braço direito e 10 pelo braço esquerdo.

A televisão britânica escreve que James Harrison recebeu um seguro de vida do Estado australiano no valor de um milhão de dólares australianos devido à importância do seu sangue.

Que doença é esta?

A doença hemolítica do recém-nascido é um transtorno em que a mãe produz anticorpos no sangue durante a gravidez que destroem os glóbulos vermelhos do feto. Isso ocorre quando a mãe e o bebé têm tipos de sangue diferentes - a maioria dos casos, quando a mãe tem sangue Rh negativo e o feto tem sangue Rh positivo, herdado do pai.

A doença não causa nenhum problema na mãe, mas pode tornar o bebé anémico, favorecer o desenvolvimento de icterícia e prejudicar o seu desenvolvimento. Em muitos casos, pode provocar a morte da criança.

O que os médicos descobriram foi que o sangue de Harrison continha, em grande quantidade, um composto capaz de curar os bebés dessa doença. "Os clínicos usavam o plasma do meu sangue e produziam em laboratório injeções com um anticorpo contra a doença", contou Harrison à BBC.