O homem era colaborador numa clínica veterinária e admitiu, em declarações à rádio pública angolana, que tem administrado vacinas a várias pessoas. Segundo o detido, as vacinas eram adquiridas ao preço de 11 mil kwanzas (59 euros) para cobrar 16 mil kwanzas (86 euros).

A morte das duas pessoas, uma criança e uma mulher, chegou ao conhecimento das autoridades por denúncia dos familiares das vítimas.

O detido disse que administrou à senhora todas as doses, enquanto ao rapaz fez apenas quatro, acrescentando que os casos eram provenientes do Hospital Josina Machel e da Pediatria de Luanda.

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Os casos de raiva em Angola são muito frequentes, tendo já o país enfrentado um surto da doença em 2009, com o registo de centenas de mortes, na sua maioria crianças.

Em 2015, um novo surto de raiva levou as autoridades sanitárias angolanas, com apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) realizar uma campanha de vacinação animal para conter o surto.

Dados referentes ao primeiro trimestre de 2015 davam conta de um total de 34 mortes por raiva, 92 por cento dos casos envolvendo menores de dez anos, de um total de 4.290 mordeduras.