“SNS in Black” é o nome do movimento que partiu inicialmente de um pequeno grupo de médicos, mas que, entretanto, se estendeu a todos os grupos profissionais e trabalhadores do SNS.

As frases mais ridículas ouvidas pelos médicos
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A "adesão crescente" e alargada a todo o território nacional levou a que a iniciativa, inicialmente mensal, passasse a ser feita semanalmente às sextas-feiras.

Vários profissionais de saúde vestem-se de negro e colocam crachás com a inscrição “SNS in Black”, com o objetivo de não serem “nem cúmplices nem passivos” em relação ao que dizem ser a “destruição do SNS”.

O pneumologista Filipe Froes, um dos líderes da iniciativa, referiu à agência Lusa que “o movimento é completamente transversal a todos os grupos profissionais” e que tem tido um “envolvimento crescente” pelo país, incluindo da parte de utentes e doentes.

Estamos contra a destruição do SNS, contra um discurso desfasado da realidade, contra a falta de verdade, contra números usados da forma que se quer

“Estamos contra a destruição do SNS, contra um discurso desfasado da realidade, contra a falta de verdade, contra números usados da forma que se quer”, afirma o médico, sublinhando que a iniciativa “não prejudica ninguém”.

Filipe Froes acrescenta que esta iniciativa é até uma oportunidade de os profissionais de saúde explicarem aos doentes e utentes o que está mal e que o que move os profissionais é “apenas o amor ao SNS”.

“Queremos um SNS forte. Interesse não temos nenhum, cada vez é menos o interesse em ser doente ou profissional do SNS. Temos é amor ao SNS”, sintetizou.

O movimento começou há cerca de dois meses, na última sexta-feira de fevereiro, com o intuito de ser mensal, mas o impacto e a adesão crescente fizeram com que se tornasse semanal desde a sexta-feira passada.