O balanço foi hoje feito pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, que adiantou que até final da semana passada foram administradas 430 mil doses no SNS, onde a vacina é gratuita para grupos de risco, como pessoas a partir dos 65 anos, alguns doentes crónicos e pessoas em lares.
Graça Freitas foi hoje vacinar-se no centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa, juntamente com o secretário de Estado da Saúde, António Sales, e com o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.
"Fazemos até agora um balanço extremamente positivo. Até final da semana passada tínhamos mais 30 mil pessoas vacinadas do que no mesmo período do ano passado", disse a diretora-geral da Saúde aos jornalistas.
Graça Freitas reforçou a importância da vacinação nos grupos de risco, incluindo os profissionais de saúde.
O bastonário dos Médicos deixou precisamente um apelo aos profissionais para que se vacinem contra a gripe, recordando que se protegem aos próprios, aos doentes e ao também aos serviços de saúde.
"Se muitos profissionais ficarem doentes ao mesmo tempo, isso enfraquece o serviço de saúde e diminui a capacidade de resposta numa altura em que é muito necessária", sublinhou.
Miguel Guimarães lembrou ainda que a taxa de vacinação entre os profissionais de saúde nos anos anteriores tem sido relativamente reduzida.
No ano passado, segundo dados do Vacinómetro, só cerca de metade dos profissionais de saúde tomaram a vacina da gripe.
"Deixo aqui o apelo a todos os profissionais de saúde, médicos e não médicos, para que se vacinem", declarou aos jornalistas.
O secretário de Estado da Saúde, que é também médico, vacinou-se também hoje no centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa.
Este ano o SNS tem 1,4 milhões de doses de vacina da gripe para administração gratuita, a que se juntam cerca de 600 mil disponíveis nas farmácias para compra mediante receita e com comparticipação estatal.
O Estado mais do que duplicou este ano o investimento em vacinas, passando para mais de 11 milhões de investimento para a mesma quantidade de vacinas do que no ano passado.
Isto porque as vacinas administradas este ano são pela primeira vez tetravalentes, o que significa que têm proteção para quatro tipos de vírus, o que aumenta a probabilidade de abrangência e cobertura da vacina.
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