Em declarações à agência Lusa, o deputado social-democrata eleito por Évora, António Costa da Silva, disse ter tido acesso a uma circular do HESE referindo que "vão abrandar a utilização da Unidade de Convalescença no sentido progressivo", no âmbito de um plano de contingência para a pandemia da gripe.

"São importantes as medidas extraordinárias para o fluxo de gripe que acontece nesta época do ano, mas quem está em convalescença tem de ter condições para poder continuar a sua recuperação", afirmou António Costa da Silva, que, em conjunto com os deputados social-democratas Miguel Santos e Ângela Guerra, dirigiu uma pergunta sobre o assunto ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernando.

"Deixa de existir temporariamente ou é definitivo? Mas mesmo não sendo definitivo, onde é que vão colocar os doentes?", questionou, realçando que a circular "dá a entender que vai chegar a um ponto em que a Unidade de Convalescença vai deixar de existir".

Considerando "muito grave" o encerramento da unidade, mesmo que temporário, o deputado do PSD previu que os doentes da convalescença sejam "provavelmente entregues às famílias ou encaminhados para outros sítios". "Esses doentes vão recuperar em casa estando muito debilitados e sem o apoio do hospital. Se é isso, é muito grave", acentuou.

António Costa da Silva notou que "o princípio é interessante" de se utilizarem recursos da unidade para reforçar o atendimento à gripe, mas vincou a necessidade de se acautelar "uma resposta para os doentes da convalescença e isso parece não estar a acontecer".

Na pergunta, os deputados do PSD questionam "qual o significado de progressivo encerramento da Unidade de Convalescença e se não será a preparação para o encerramento definitivo". "Como e onde vão ser tratados os doentes que necessitam desta unidade e se existe algum calendário específico para resolver este grave problema" são outras perguntas dos deputados social-democratas.