A fibromialgia é uma doença comum que acarreta um enorme sofrimento, mas que continua condenada a falta de reconhecimento e de tratamento eficazes.

Caracteriza-se, essencialmente, por dores generalizadas e variáveis, mas frequentemente intensas, um cansaço excessivo, por vezes ao nível da exaustão e perturbações acentuadas do sono. A isto pode associar-se uma variedade de outras manifestações, incluindo enxaqueca, dores abdominais, dores na relação sexual, dificuldades de concentração e de memória, entre outras.

Todas estas manifestações são inespecíficas e os exames laboratoriais são sempre normais. Isto justifica que muitos doentes arrastem os seus sintomas ao longo de anos, por vários médicos e hospitais sem atingir nenhum diagnóstico definitivo.

Ao longo do seu percurso doloroso, os doentes vão sendo confrontadas com o desinteresse senão mesmo a desconfiança de profissionais de saúde (privados de diagnóstico seguro e de intervenção eficaz), colegas de trabalho e até familiares, o que acrescenta, sobremaneira, ao seu sofrimento.

Muito embora esta condição determine um enorme impacto sobre a qualidade de vida do doente e sobre a sua capacidade de trabalho, não existe, no nosso país, um enquadramento legal adequado para o reconhecimento e compensação desta incapacidade, em sede segurança social. Mesmo nos casos em que em que a incapacidade e o desespero são evidentes, os pedidos de baixa por doença e sobretudo por incapacidade física são, quase sempre confrontados com uma resposta negativa por “falta de prova”

Adicionalmente, os meios disponíveis de tratamento para esta situação dramática têm efeitos muito limitados ou muita baixa acessibilidade.

Os medicamentos habitualmente recomendados, essencialmente antidepressivos e relaxantes musculares, têm um efeito geralmente muito insuficiente e frequentemente associados a efeitos secundários dificilmente toleráveis. Este facto justifica que não exista nenhuma medicação especificamente aprovada para o tratamento da fibromialgia no espaço da União Europeia.

A psicoterapia, integrada em todas as recomendações internacionais para o tratamento da fibromialgia é escassamente acessível em Portugal, devido à exiguidade de oferta no âmbito do serviço nacional de saúde e aos custos associados, nos cuidados privados.

Uma pesquisa pela Internet, procurando tratamento para o doente com fibromialgia, em Portugal faz destacar uma iniciativa recente liderada por investigadores de renome Internacional nesta área: Myfibromyalgia® (www.myfibromyalgia.org).

A estratégia orientadora do tratamento que oferecem online, apresenta-se como solidamente fundamentada no conhecimento científico atual sobre a matéria e em investigação própria, que atingiu, recentemente, grande destaque na literatura científica internacional. Essencialmente, baseia-se na forte relação conhecida entre o stress e a intensidade das manifestações da fibromialgia, para propor uma abordagem assente em “transformação pessoal”: a pessoa aprende a usar as suas próprias capacidades para gerir o stress e diminuir o seu impacto na vida corrente e nas manifestações físicas da doença. O processo é regularmente acompanhado e conduzido por psicólogos treinados especialmente nesta doença.

Os testemunhos de doentes, apresentados naquele website, são invulgarmente entusiásticos: várias pessoas, bem identificadas, até estão melhorias muito substanciais no seu sintomas e desenvolvimentos muito positivos na sua satisfação global de vida. Os participantes reportam, em média, uma melhoria global superior a 80%, o que excede, em muito, quaisquer outras alternativas.

Myfibromyalgia® vai realizar no dia um de fevereiro 2024 uma sessão Live no Youtube que conta com a presença de uma doente que se sente “renascida” graças a este tratamento iniciativa. Eis uma oportunidade para aprender mais, sobre a promessa mais estimulante de tratamento para a fibromialgia que se pode encontrar na web por estes dias.

Um artigo do médico José António Pereira da Silva, especialista em Reumatologia.