"Reunir-se em grupos nesta pandemia pode ser incrivelmente perigoso e coloca as pessoas em risco aumentado de hospitalização e até morte", disse John Wiesman, secretário de saúde do estado. "Ainda não se sabe se as pessoas que se recuperam da COVID-19 permanecem imunes a longo prazo", adverte.
"Ainda não sabemos muito sobre esse vírus, incluindo quaisquer problemas de saúde a longo prazo que a infeção possa causa", diz ainda.
Os comentários de Wiesman chegam depois de as autoridades do condado de Walla Walla, a 420 km a sudeste de Seattle, relatarem que alguns dos quase 100 casos na região parecem ter sido infetados em festas que visavam reunir pessoas com o vírus e outras não infetadas que querem ser contaminadas.
"Esse tipo de comportamento desnecessário pode criar um aumento evitável nos casos e diminuir ainda mais a capacidade do nosso estado de reabrir gradualmente", disse Wiesman.
Na quarta-feira, 94 casos de coronavírus foram notificados no condado de Walla Walla.
"Não sabemos quando é que isto está a ser realizado, descobrimos depois quando temos novos casos", disse Meghan DeBolt, diretora de Saúde do condado, a um jornal local. "Perguntámos sobre os contactos e 25 pessoas disseram-nos que estavam numa festa da COVID", acrescenta.
Meghan DeBolt considerou este comportamento irresponsável e salientou a importância de seguir as medidas de distanciamento físico e social apropriadas para impedir a transmissão. "Precisamos de usar o bom senso e ser espertos ao enfrentarmos esta pandemia", afirmou em comunicado. "As festas da COVID-19 não fazem parte da solução", concluiu.
Os Estados Unidos registaram 2.073 mortos por COVID-19 nas últimas 24 horas, indicou hoje a Universidade Johns Hopkins.
Estes novos óbitos, registados entre as 20:30 de quarta-feira (01:30 de hoje em Lisboa) e a mesma hora na véspera, elevam para 73.095 o número de vítimas mortais desde o início da epidemia no país, o mais afetado pela COVID-19 no mundo, de acordo com os dados oficiais. Na terça-feira, os Estados Unidos tinham registado 1.015 mortos, no balanço diário mais baixo em um mês.
Os Estados Unidos registam também o maior número de pessoas infetadas com a doença, com mais de 1,22 milhões de casos identificados, dos quais 190 mil foram já considerados curados.
As autoridades norte-americanas realizaram, até agora, 7,75 milhões de testes de despistagem da doença, indicou a mesma fonte.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 260 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
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