O normal fornecimento de fármacos corre o risco de ficar interrompido quando o Reino Unido deixar a União Europeia.

A efetivação dessa decisão de separação está agendada para 29 março de 2019, mas até lá algumas empresas estão já preparar eventuais anomalias no acesso ao mercado britânico.

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Depois da AstraZeneca e da MSD anunciarem planos de armazenamento de fármacos, a francesa Sanofi seguiu os mesmos passos. "A incerteza nas negociações do Brexit significa que a Sanofi está a planear um cenário de não concordo. A segurança do doente é a nossa principal prioridade e fazemos acordos para aumentar a capacidade de armazenamento para guardarmos mais produtos", comentou Hugo Fry, diretor administrativo da operação da Sanofi no Reino Unido, citado pelos meios de comunicação internacionais.

Proteção dos doentes

Também a Roche, uma das maiores fabricantes de medicamentos do mundo, informou que está a tomar medidas para promover a existência de mecanismos de proteção em caso de dificuldades no acesso ao mercado. A preocupação central, dizem as farmacêuticas, é que o doente continue a ter acesso aos medicamentos.

De acordo com a Federação Europeia das Indústrias e Associações, todos os meses cerca de 45 milhões de medicamentos vão para o Reino Unido.

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A fábrica anglo-sueca AstraZeneca, por exemplo, está de olhos postos no Brexit e por isso aumentou o seu stock para 20% em depósitos localizados no Reino Unido e em portos da União Europeia.

Responsáveis da GlaxoSmithKline, a maior farmacêutica britânica, avançaram na semana pasasda que vão assegurar o plano de fornecimento de medicamentos e vacinas antes da saída do Reino Unido da UE. A empresa não informou, no entanto, como o fará.

Os parlamentares britânicos pedem um acordo que permita ao país ter uma participação continua no mercado de medicamentos europeu, mas ainda não é claro em que moldes.