Os inspetores do Infarmed concluíram que a falta pontual do Sinemet (para a doença de Parkinson) não está relacionada com atos ilícitos, mas com um abastecimento das farmácias desadequado, uma vez que a procura aumentou.
Uma nota da autoridade que regula o setor do medicamento (Infarmed) sobre a ação de 72 horas que começou sexta-feira e envolveu todos os inspetores deste organismo revela que “não existe rutura de stock do referido medicamento, nem foram apurados atos ilícitos que contribuíssem para as dificuldades relatadas”.
A ação apurou que “o abastecimento regular do mercado nacional está a ser efetuado com base em dados estatísticos que já não correspondem à necessidade efetiva do mercado”.
“Embora a empresa responsável pela colocação no mercado do referido medicamento estivesse a cumprir o abastecimento de acordo com os dados de consumo existentes, as necessidades reais são superiores”, lê-se na nota.
Esta “discrepância”, prossegue o Infarmed, “pode justificar as perturbações, pontuais e localizadas, no circuito de distribuição, que têm sido reportadas (a causa para a diferença de valores será objeto de análise futura)”.
O Infarmed revelou que, para “colmatar o problema”, a empresa responsável pela colocação no mercado do medicamento Sinemet “comprometeu-se a desenvolver todas as diligências necessárias para acomodar as necessidades agora identificadas no menor espaço de tempo possível”.
“Com esta medida corretiva espera-se ultrapassar as dificuldades que têm afetado o acesso dos doentes de Parkinson ao medicamento”, lê-se no comunicado.
19 de setembro de 2012
@Lusa
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